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26 de novembro de 2013

With Color/Without Color

"Ele"

Hoje eu sonhei com ele e acordei mais nostalgica do que nunca. Há um ano atrás, eu estava praticamente de cama - eu não conseguia levantar, não conseguia comer, não conseguia viver, não conseguia fazer nada além de existir - e tudo por causa de um coração partido. Foi horrível. Freud diz que o luto dura um ano, porque você passará pelas datas que costumava passar com a pessoa pela primeira vez sem ela. Eu acho que isso se aplica também à relações que tenham esse mesmo tempo, ou mais, de duração. Eu fiquei quase um ano de luto. É claro que a dor vai sumindo e que as cicatrizes um dia serão apenas isso, cicatrizes, mas os pensamentos não. Você pode não amar mais a pessoa, mas você sempre amará certos momentos que passou com ela, mesmo que sejam poucos devido aos efeitos do tempo. Ele saiu da minha vida e começou uma nova sem nem me avisar e eu fiquei alí, jogada de lado, como uma boneca que vai parar num armário escuro depois que a sua dona cresce, pegando pó até que um dia alguém se lembre de sua existência. As pessoas nem imaginam por quanto tempo fiquei naquele armário. Elas pensam que eu fui forte desde o começo e que eu estava vivendo a minha liberdade, quando, na verdade, eu estava trancada, me forçando a viver todos os dias com apenas uma luz que passava pela fresta de uma porta. Eu nunca mais o vi, nunca mais falei com ele e nunca mais escrevi sobre ele, mas hoje em dia as coisas são diferentes. Hoje eu sonhei com ele e acordei mais livre do que nunca.
Ele colocou as mãos na minha cintura e a sua testa na minha enquanto me olhava. "Não faça isso", eu disse, "por que?", ele perguntou. (Porque, quando você me olha assim, eu perco todas as minhas defesas; porque nos entendemos só com o olhar e tenho medo do que você pode enxergar no meu enquanto te olho sem querer parar. Porque acho ridículo essas pessoas possessivas a fora, mas amo quando você me chama de "minha" ou de quanto me faz me sentir assim: sua. Porque, quando estou nos seus braços, me sinto uma criança indefesa, que não pode evitar sentir nada das coisas que sinto com o seu toque, seu beijo, seu olhar, seu carinho, sua voz. Porque é perigoso. Nisso que temos, não há nenhuma regra, exceto uma, que nunca mencionamos, que é a de não nos apaixonarmos, mas sabe, eu nunca me dei bem com regras e temo nunca me dar). "Porque sim", eu respondi, e nos beijamos como se eu não tivesse acabado de criar um texto inteiro na minha mente em poucos segundos.

12 de outubro de 2013

Sweet Black and White

Ontem eu estava fora de casa, quando me peguei pensando em você. Tomei uma, duas, três cervejas e continuei pensando em você. Mandei uma mensagem depois de horas, mas eu não parei de pensar nem por um minuto sequer. Você não era mais apenas um amigo para mim e nem alguém que se esquece durante um dia ou uma noite agitada. Eu queria você comigo. Não era mais uma necessidade do corpo, era uma necessidade da alma; do coração.